
Olha, se você está de olho no mercado — e eu imagino que esteja, afinal estamos falando de investimentos, não de novela — então provavelmente já percebeu o movimento estranho que as criptomoedas têm feito ultimamente. Hoje, vamos conversar de forma direta, como deve ser, sobre o que está acontecendo com o Bitcoin, e por que isso pode (ou não) mudar a forma como você encara seus próximos passos no mundo dos ativos digitais.
A matéria original da Reuters, publicada em 15 de abril de 2025, pinta um retrato perfeito do clima atual: volatilidade, medo, esperança e, claro, aquela pitada de Donald Trump que nunca pode faltar em um bom drama econômico internacional.
Pois bem. O Bitcoin, nosso velho conhecido, vinha se comportando como um adolescente em crise: em um momento, cheio de confiança, rompe os US$ 85 mil com a mesma ousadia de quem acredita que pode tudo. No outro, cai para os US$ 84.206,98, como quem lembra que ainda tem boletos pra pagar e provas finais pra encarar. Uma queda discreta de 0,87%, mas que não passa despercebida por quem tem capital ali — e, principalmente, por quem tem planos.
Enquanto isso, o Ethereum também não quis ficar de fora e decidiu afundar 1,80%, indo parar nos US$ 1.610,69. Tudo isso, claro, segundo dados da nossa parceira Binance. (Sim, aquela mesma que você provavelmente consulta todos os dias no café da manhã antes mesmo de abrir os olhos direito.)
Mas calma. Antes de sair vendendo tudo em pânico ou apostando a casa em “all in”, vale entender o contexto.
O que está por trás dessa montanha-russa? Dois fatores bem conhecidos de quem respira os bastidores do mercado: guerra comercial e declarações políticas. E quando o nome Trump entra no tabuleiro, você já sabe: o mercado fica mais sensível do que criança em dia de vacina.
Na manhã do dia 15, o otimismo até deu as caras. O mercado recebeu de braços abertos a decisão temporária de Trump de isentar tarifas sobre itens tecnológicos. Foi como se ele tivesse jogado um osso pros investidores: um alívio temporário que ajudou o Bitcoin a dar um pulinho até os US$ 85 mil. Mas como todo alívio passageiro, durou pouco. Quando o presidente norte-americano soltou a ideia de que essas tarifas poderiam, quem sabe, substituir impostos, os mercados reagiram como quem leva uma rasteira no meio do carnaval: queda imediata, e dor de cabeça na sequência.
E aí entra um ponto crucial para você, investidor de verdade, que entende que o jogo é de longo prazo: não se deixe levar por ruídos.
O analista Alex Kuptsikevich, da FxPro, trouxe uma leitura que faz muito mais sentido do que qualquer manchete alarmista: mesmo com as quedas de 17,4% em fevereiro e 2,3% em março, o Bitcoin ainda conseguiu avançar 3,77% em abril. E mais: o ativo que bateu em US$ 74.500 em seu momento mais baixo, agora está muito mais próximo de US$ 90 mil do que de qualquer fundo.
Isso, meu caro, se chama resiliência de mercado. É o tipo de comportamento que separa os ativos com alma daqueles que são apenas modinha passageira. É o que você deveria estar olhando, em vez de ficar medindo cada microvariação como se sua aposentadoria dependesse disso.
Vamos falar sério? A verdade é que o Bitcoin já não é mais uma aposta alternativa. Ele se consolidou como um ativo institucionalizado, com investidores corporativos, hedge funds e bancos centrais observando atentamente cada passo. E, como todo ativo consolidado, ele responde não apenas ao seu próprio mercado, mas ao clima macroeconômico global.
Quando Trump fala, os mercados escutam. Mas quando o mercado reage, você precisa ter a frieza para entender se aquilo é sinal real ou apenas barulho de curtíssimo prazo. E essa distinção, meu amigo, vale mais do que qualquer curso online de análise técnica.
É claro que ninguém gosta de ver os números no vermelho. Eu também não gosto. Mas se você está nesse jogo com a mentalidade certa — isto é, pensando em acúmulo de patrimônio real, diversificação inteligente e visão de longo prazo — então dias como esse não são motivo para desespero. São oportunidade. Sim, oportunidade.
Oportunidade de comprar mais barato. De reforçar posição. De rebalancear carteira. De respirar fundo e lembrar que o Bitcoin em 2020 valia US$ 10 mil, e agora briga para sustentar uma faixa acima dos US$ 80 mil. Isso é crescimento. Isso é transformação estrutural. Isso é o tipo de coisa que você só vê se tiver coragem de não pular fora nas horas incômodas.
Aliás, esse é o principal recado que fica aqui: invista com convicção, não com emoção. Invista como quem entende que cada notícia é só um parágrafo de um livro muito maior. Que cada fala de Trump é só um capítulo, e não o desfecho. Que cada gráfico de hoje é só um frame de um filme que ainda está no começo.
Se você estiver construindo patrimônio com base em fundamentos, em gestão de risco bem-feita e em estratégia clara, então a oscilação do Bitcoin ou do Ethereum em abril de 2025 é, no máximo, uma página virada. Pode até ser uma página tensa — como toda boa narrativa —, mas que te prepara para as próximas conquistas.
E sim, a Reuters trouxe esse retrato com muita competência. A reportagem é curta, objetiva e muito fiel ao espírito do tempo. Mas o que você faz com essa informação — isso, meu caro, depende de você. Pode entrar em pânico, ou pode agir com inteligência. Pode correr atrás do prejuízo, ou pode correr em direção ao seu objetivo.
E antes que alguém diga que cripto é um cassino, eu deixo um lembrete: o cassino é emocional, não financeiro. Quem opera no grito, perde. Quem opera com estratégia, prospera.
Então da próxima vez que você vir o Bitcoin cair 1% por causa de uma fala do Trump, lembre-se: isso é apenas o vento. Você é o timoneiro. E o seu barco, se bem conduzido, atravessa qualquer tempestade — inclusive essa.
Nos vemos lá na frente, quando os US$ 90 mil forem só o novo piso de uma jornada muito mais promissora.
Com informações Reuters