
Olha, se você abriu o navegador hoje esperando que o Bitcoin estivesse voando e, quem sabe, já garantindo aquela aposentadoria antecipada em alguma praia do Caribe, talvez seja melhor colocar o pé no freio. Sim, ele está firme ali na casa dos US$ 104 mil, ou melhor, uns R$ 604 mil no câmbio brasileiro da manhã dessa segunda (02/06/2025). Mas por trás dessa estabilidade aparente, está rolando um clima tenso no mercado cripto — aquele famoso “calmaria antes da tempestade”. Ou seria antes da alta histórica? Vamos descobrir juntos.
A real é que os touros estão se esforçando para manter o suporte psicológico dos US$ 105 mil, mas… já tropeçaram, caíram e agora estão ali tentando levantar a moral enquanto os ursos, com aquela cara de quem já sacou o lanche da mochila, miram os US$ 100 mil como novo parquinho.
E tudo isso acontece num cenário geopolítico que está mais confuso que grupo de família em dia de eleição. Donald Trump, aquele que nunca perde uma chance de causar, dobrou as tarifas sobre aço e alumínio para 50%. E como sempre, os mercados asiáticos tremeram, o dólar recuou e o clima de incerteza pairou como nuvem de tempestade.
Nesse contexto, o Bitcoin se comportou como aquele aluno que não estudou nada, mas ainda tirou 7 na prova: estável, mas longe de confiável. Ficou rodando ali entre US$ 105.700 e US$ 104.700, sendo tratado como um ativo “alternativo” — leia-se: “vamos deixar esse aqui parado enquanto o mundo pega fogo”.
André Franco, da Boost Research, até tenta passar uma vibe de tranquilidade dizendo que o mercado já está anestesiado com esses choques políticos. Mas será mesmo? Porque do lado técnico, os indicadores gritam como torcida de time rebaixado.
Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, trouxe aquela análise que ninguém gosta de ouvir, mas precisa: o RSI (Índice de Força Relativa) está apontando para baixo — tipo aquele amigo que diz “não vai dar bom” antes de você tomar uma decisão financeira questionável. E o MACD, que basicamente mede a força da tendência, também virou a chave para a queda. O resumo? Barras vermelhas estão crescendo no gráfico como mato em terreno abandonado. E se perder os famigerados US$ 100 mil, meu amigo… o próximo chão está nos US$ 95 mil.
Mas calma, tem esperança no horizonte! Axel Adler Jr., o trader que acompanha o Bitcoin como se fosse novela das 9, avisa: só vamos ver o BTC bater US$ 110 mil se tiver volume comprador de respeito. Não adianta torcida organizada se o caixa está vazio. E olha que essa faixa dos US$ 103 mil já segurou duas quedas, hein. Se ela resistir de novo, pode até virar o “novo normal” e alimentar um rallyzinho maroto até US$ 115 mil.
Agora, vamos falar de momentum, que não é nome de suplemento, mas bem que poderia ser. O índice que mede a empolgação do mercado caiu de 14% para 7,7% em 30 dias. E segundo Adler, quando esse número fica entre 0% e 5%, o mercado entra em modo sono profundo: sem alta, sem queda, sem emoção. Apenas lateralidade, como um zumbi financeiro. Mas se esse tal de momentum subir para 20%, com bom volume, aí sim temos chance de ver US$ 110 mil ou até US$ 112 mil no horizonte.
E tem mais um detalhe que vale ouro: o mercado de opções está se mexendo mais que político em época de CPI. Os contratos de Calls (aqueles que apostam na alta) estão concentrados entre US$ 107 mil e US$ 130 mil. Já os Puts (a galera pessimista) estão apostando na faixa de US$ 85 mil a US$ 110 mil. Ou seja, se o preço romper US$ 110 mil com força, não tem muito pessimismo que segure. Mas se cair abaixo de US$ 107 mil, os ursos entram com tudo e arrastam o Bitcoin de volta pro pântano dos US$ 102 mil.
Outro fator interessante: a atividade on-chain — tipo o que o povo anda fazendo com seus Bitcoins — despencou. Foram quase 24% a menos de volume transferido e uma queda de 9,24% em carteiras ativas. Sinal de quê? De que o povo tá esperando algo acontecer. A galera não está vendendo, mas também não está comprando. Só observando.
Por outro lado, o hashrate da rede — ou seja, o poder computacional dedicado à mineração — subiu mais de 19%. Isso mostra que os mineradores estão confiantes na segurança da rede, mesmo com o preço patinando. E mais importante: as reservas de BTC nas exchanges continuam caindo, o que significa que os investidores estão tirando seus Bitcoins das corretoras e guardando a sete chaves. Isso é sinal clássico de acumulação. Quando a galera acredita que o preço vai subir no longo prazo, ela esconde o ouro.
Aliás, o netflow (fluxo líquido de BTC nas exchanges) continua negativo em −3.600 BTC por dia. Ou seja, tem mais gente tirando do que colocando. Esse tipo de comportamento é praticamente um “código Morse” dos holders dizendo: “estamos esperando o foguete”. Adler até sugeriu um plano tático baseado nisso: acumular quando o netflow estiver ≤ −4.000 BTC e o preço cair para US$ 100 mil–102 mil. E se o netflow virar positivo por uns dias (acima de +1.000 BTC/dia) e o preço romper US$ 106,5 mil, aí é hora de realizar até 20% do lucro. Simples, elegante, eficaz.
Resumo da ópera: estamos num momento de pausa estratégica. O preço do Bitcoin está em modo indeciso, tipo aquele relacionamento complicado que ninguém sabe se vai pra frente ou termina de vez. Mas os dados — ah, os dados! — apontam que a acumulação é real, o mercado está só esperando o catalisador certo pra disparar.
E como bônus final, aquele lembrete sobre o que é o Bitcoin. A famosa moeda digital descentralizada, que nasceu das cinzas da crise de 2008 como um projeto de liberdade financeira. Criada por Satoshi Nakamoto, o ninja do anonimato que até hoje ninguém sabe quem é, o BTC já sobreviveu a ursos, touros, governos, regulamentações, Elon Musk e até ao FOMO dos influencers de TikTok. E ainda está aqui, firme, forte, valendo mais de meio milhão de reais.
Mas antes de você sair por aí comprando satoshis como se não houvesse amanhã, respira. Lembre-se que o mercado é volátil, que cada gráfico conta uma história diferente e que, às vezes, o melhor investimento é aquele que você entende antes de fazer. Ou, como diria qualquer analista sensato: DYOR — do your own research.
E você, vai apostar nos US$ 115 mil ou está esperando ele bater os US$ 95 mil para fazer a festa? Seja como for, uma coisa é certa: o Bitcoin continua sendo o melhor reality show financeiro do planeta. E hoje, o episódio está quente. Se você piscou, perdeu!
Com informações Cointelegraph